EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA: NÃO GOSTO DOS MENINOS

NÃO GOSTO DOS MENINOS


Inspirado no projeto “It Gets Better“, André Matarazzo e Gustavo Ferri mostram diferentes histórias – que gostaríamos de ter visto antes — de brasileiros gays, bis, trans ou “qualquer outra sigla que tenta definir o que não precisa definição”.
“E tudo vai ficar melhor”, é essa a principal mensagem que qualquer pessoa gostaria de ouvir, em qualquer momento de dificuldade da sua vida. Pode parecer clichê, mas você escutou quando mais precisava? O estúdio Pixar pensou nisso, e convidou vários de seus funcionários para dar depoimentos sobre o assunto em um documentário fofo com uma mensagem simples e um final muito mais forte que qualquer filme de drama.
Inspirado nesse projeto, um grupo de brasileiros juntou 40 depoimentos de homossexuais contando de suas experiências, escolhas, dilemas, desejos, fases e soluções, mas nunca com mensagens negativas ou finais infelizes, mas na intenção de mostrar que, diferente ou não, todos podem ser felizes.
O mais legal de projetos como esse é que alguns de nós podem se sentir abraçados ao assistir a alguma atitude do tipo, e outros podem ouvir histórias que não tem nada a ver com suas vidas, mas que ocorrem em torno delas. Hoje, homossexualidade não é mais um tabu, um “problema” como foi nas décadas passadas, mas por mais impressionante que seja, ainda é polêmico. Um exemplo é o atual “kit-gay” preparado pelo governo federal pela “luta contra o preconceito” nas escolas, feito para educar crianças que não precisam ser educadas sobre tal, feito por sexólogos e que por mais “fofo” que possa parecer, é terrível.
Podemos ver nos documentários acima que ser gay não é uma escolha, apesar da representante do nosso país (Dilma) ainda acreditar ser uma “opção”. Mostrar vídeos para milhões de crianças não é normalizar uma situação, porque a situação não é normal, afinal, de 30 crianças em uma sala de aula, quem disse que todas as 30 são gays? Quem disse que todas elas devem ser incentivadas a tal? Eu estou muito feliz com o jeito que me descobri e aceitei, e não gostaria de precisar ver o vídeo sobre a história de uma travesti para entender o que está acontecendo comigo, porque esta longe de ser algo a me proteger e sim algo a me excluir.
Depoimentos e histórias variadas como essas, que tentam minimizar o impacto da homossexualidade, mostram pessoas que ainda tem uma vida comum e que nem tudo que aconteceu com elas se trata de sexo, putaria e estereótipos, e que a sexualidade delas interessa apenas a elas e que isso não deveria diferençar e muito menos ser um caso a ser estudado (e sim discutido com natureza). Ou seja, o primeiro passo pela luta anti-preconceito é uma mensagem óbvia: que você mesmo se aceite e encontre a sua felicidade!